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Semiologia do aparelho

Respiratório

Introdução e Anamnese

Inspeção

É dividida em inspeção estática e inspeção dinâmica e deve ser feita com o paciente sentado, observando-se de maneira frontal e lateral

 

Inspeção Estática:

Inicialmente o tórax se divide nas seguinte regiões:

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Legenda:

               Imagem A                                           Imagem B                                        Imagem C

  1. Região Supraclavicular             1. Região Supraescapular                  1. Região Axilar

  2. Região Clavicular                       2. Região Supraespinhosa                 2. Região Infraxilar

  3. Região Infraclavicular               3. Região Infraespinhosa

  4. Região Mamária                        4. Região Interescapulovertebral

  5. Região Inframamária                5. Região Infraescapular

  6. Região Supraesternal

  7. Região Esternal Superior

  8. Região Esternal Inferior

Depois de orientado sobre as divisões topográficas do tórax, deve-se atentar para o formato do tórax. Esses são os mais comuns:

 

 

 

 

 

 

Inspeção Dinâmica:

Deve-se avaliar:

  • Frequência respiratória (bradipneia: <16 irpm; taquipneia: > 25 irpm)

  • Uso de musculatura acessória,

  • Tiragem intercostal

  • Padrões respiratórios (Biot, Cheyne-Stoke e Kussmaul)

Palpação

Examinar as partes moles do tórax: presença de edema, gânglios aumentados e contraturas musculares

Expansibilidade e elasticidade pulmonar: avalia-se comparativamente a movimentação das mãos do examinador apoiados sobre o tórax do paciente durante a respiração

Palpação do frêmito tóraco-vocal: é feita com o paciente dizendo “trinta e três” enquanto o examinador repousa a mão espalmada sobre o seu tórax, evitando-se as regiões mamárias e escapular

Em casos de condensação pulmonar o frêmito estará aumentado e em casos de derrame pleural tal frêmito estará diminuído, por exemplo.

Percussão

Percussão:  A percussão acontece nos nas mesmas áreas já citadas, devem ser evitadas  também as regiões mamárias e escapular. Quatro tonalidades de som são obtidas: (1) som claro pulmonar ou sonoridade pulmonar nas áreas de projeção dos pulmões; (2) som timpânico no espaço de Traube; (3) som submaciço na região inferior do esterno; ( 4) som maciço na região
inframamária direita (macicez hepática) e na região precordial.

O som claro pulmonar é o achado fisiológico, afecções parenquimatosas, por reduzirem a quantidade de ar nos alvéolos, também provocam macicez: neoplasias periféricas, infarto pulmonar volumoso, pneumonias lobares, cavidades periféricas contendo líquido (cistos). Em oposição às afecções que reduzem o conteúdo aéreo do pulmão, estão as que aumentam a quantidade de ar, provocando hipersonoridade e até mesmo timpanismo. É o que ocorre no enfisema, na crise de asma, nos cistos aéreos e nas cavernas insufladas. Nas assimetrias torácicas, devidas a cifoescoliose acentuada, surge hipersonoridade no hemitórax distendido, responsável pela respiração vicariante Alterações como pneumotórax e enfisema pulmonar levam a um som hipertimpânico. Em casos de derrame pleural podemos encontrar o som maciço ou submaciço.

Ausculta

Sons pulmonares normais podem ser divididos em sons bronquiais (traqueobronquiais) ou vesiculares:

  • Sons bronquiais:

    • Ventilação normal na região da via aérea superior

    • Cacterística “tubular”, típica de ar passando por vias de maiores calibres,

    • Fora das áreas traqueobronquiais: infiltrações no parênquima pulmonar

 

  • Sons vesiculares:

    • Estruturas intralobares e eventualmente intralobulares do pulmão.

 

Sons Pulmonares Anormais

  • Estertores:

  • Caracterizam-se pela presença de líquido intersticial, secreção brônquica e abertura abrupta das vias aéreas

  • Resultam da abertura e fechamento de uma única via e pode ser motivada pelo aumento na retração, pelo edema e pela inflamação do tecido pulmonar

  • Som semelhante ao “roçar de fios de cabelo”

  • Termos crepitações finas, para sons de alta freqüência e pequena duração e crepitações grossas, para sons com frequência mais baixa e duração mais longa

 

  • Crepitações finas

    • Normalmente no final da inspiração e não se alteram com a tosse

 

  • Creptações grossas

    • Precoces e se alteram com a tosse

Exemplos de creptações: fibrose pulmonar (creptação inspiratória); bronquiectasia,(crepitações grosseiras, inspiratórias); Doenças pulmonares obstrutivas crônicas (crepitações grosseiras na inspiração); insuficiência cardíaca (creptações grossas, inspiratórias e expiratórias); Pneumonia (crepitações variáveis)

 

Sibilos

  • Caracterizam pela secreção espessa no interior das vias aéreas, edema da parede brônquica, broncoespasmo ou compressão dinâmica

  • Sons contínuos, musicais e agudos, mais audíveis na expiração

Exemplo de sibilos:  asma, tumores intraluminais, secreções, corpos estranhos, compressões externas por alguma massa ou compressão dinâmica da via aéreas

Roncos

  • São consequência da secreção espessa e aderida às paredes dos brônquios de grande calibre.

  • Som grave, intenso, parecido ao ronco observado durante o sono.

  • É modificado pela tosse

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